A recente e controversa PEC da segurança pública não é uma ação isolada,
e sim parte de um movimento, muito provavelmente orquestrado, de
tomada do controle das forças policiais brasileiras.
Criar o ambiente favorável, potenciar o medo, jogar com números,
desqualificar e dificultar o trabalho das polícias para tomar o controle de
tudo.
O caos na segurança pública pode até não ser planejado, mas beneficia
direta e indiretamente o cumprimento da agenda de controle do dito
“campo progressista”.
Ao analisar os recentes acontecimentos relacionados à segurança pública
no Brasil, fica cada vez mais claro que a esquerda está determinada a
tomar o controle total das forças policiais.
Essa agenda vem sendo cuidadosamente articulada ao longo do último
ano, com o apoio conivente de uma imprensa que parece mais interessada
em divulgar casos isolados de abuso policial (enquanto ignora o bom
serviço prestado pela maior parte da força), do que em apontar para as
reais causas do caos na nossa segurança pública e sistema de justiça.
E isso não é de agora.
Desde o início do ano, líderes da esquerda como José Dirceu já vinham
falando abertamente sobre a necessidade de “tomar o controle das forças
de segurança” como parte de seu projeto de poder. O próprio Lula, em
julho, já deu a entender que o caminho estava desenhado e o governo
apresentou a PEC da Segurança Pública, para centralizar o comando das
polícias nas mãos do governo federal.
Enquanto eles davam os recados, a imprensa fazia a outra parte do
trabalho: descredibilizar as forças de segurança com um bombardeio de
reportagens sobre abusos e excessos cometidos por policiais. O fato de o
foco ter sido em São Paulo, estado governado por Tarcísio de Freitas, um
aliado de Jair Bolsonaro, e tendo à frente da segurança pública o Capitão
Derrite da Polícia Militar, também não é coincidência.
Claro que nenhum abuso deve ser tolerado, como no caso do rapaz que foi
jogado da ponte, mas isso é muito diferente de colocar toda a corporação
sob suspeita. A generalização faz parte do plano. Dificilmente vemos a
mesma ênfase sendo dada aos atos de heroísmo e abnegação praticados
por esses profissionais que arriscam suas vidas diariamente para proteger a
população.
Junte a esse fato, a impunidade e ineficiência da justiça que deixa,
anualmente 60% dos homicídios cometidos no Brasil sem solução e temos
a tempestade perfeita.
Uma campanha sistemática de desmoralização da polícia, combinada com
a ineficiência do sistema de justiça criminal em resolver crimes e punir os
verdadeiros criminosos, gera uma revolta crescente tanto na população
quanto nas próprias forças de segurança. Quantas vezes já ouvimos falar “a
polícia prende, a justiça solta”?
Essa atmosfera de insegurança e impunidade é causadora de abusos e
excessos por parte de alguns agentes, alimentando ainda mais o ciclo
perverso.
Não é coincidência que esse cenário se desenvolve em paralelo com os
indícios de vínculos entre o campo político progressista com o crime
organizado, cada vez mais infiltrado nas instituições, como ficou evidente
no escândalo envolvendo a chamada “dama do tráfico” e suas audiências
no Ministério da Justiça, ou, se formos ainda mais a fundo, a ligação
histórica da esquerda com milícias como as Farc.
Toda essa aproximação espúria reforça a suspeita de que o verdadeiro
objetivo é tomar o controle da polícia para blindar seus aliados e interesses.
Também é fato que segurança pública não é o forte do PT. Não é por
acaso que o estado mais violento do Brasil é governado pelo partido há 17
anos.

Por um lado, com uma justiça frouxa, o crime organizado, que é
suspeitamente próximo a representantes do campo progressista, se
beneficia. Por outro, com o caos na segurança, os excessos e a
descredibilização da polícia, acaba se legitimando mudanças estruturais
como as que Lula quer desempenhar na PEC de segurança pública,
centralizando o controle sobre as forças policiais.
A segurança pública não pode ser instrumentalizada para fins políticos ou
interesses escusos. Soluções equilibradas, que fortaleçam as instituições de
segurança e justiça, ainda que com mecanismos efetivos de controle,
seriam muito mais eficazes para a segurança de todos. Mas tornar o país
mais seguro não parece ser o objetivo dos donos do poder. Ao contrário:
corremos o risco de ver a esquerda concretizar seu golpe para tomar o
controle da polícia e, com isso, consolidar seu domínio total sobre o país.

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