Os valores conservadores, que ecoam na maioria das famílias brasileiras, não são apenas um grito nostálgico por um passado idealizado — são a espinha dorsal de uma sociedade que ainda resiste ao caos moral e cultural promovido por quem quer reescrever as regras do jogo. A importância da família, fé, trabalho duro e respeito às tradições formam o alicerce da maioria, um muro intransponível para a esquerda e para o andar de cima, que enxergam nessa solidez uma barreira ao seu projeto de desconstrução e controle. Para a maioria dos brasileiros, esses valores não são negociáveis porque carregam consigo a essência de um povo que, mesmo sob ataque constante, se recusa a abrir mão do que dá sentido à vida. Enquanto Anitta, aquela que na virada do ano ocupou o horário nobre da Rede Globo com um triste espetáculo de baixarias — um show que misturou ostentação vazia e letras que banalizam o humano —, brada “sem anistia” contra as “tias do zap” e as “senhoras de bíblia”. Ela ignora que essas pessoas, por mais simples ou caricatas que pareçam aos olhos cosmopolitas, carregam algo que o mainstream perdeu há muito: respeito, autenticidade e raízes profundas.

A maioria dos brasileiros não está nas bolhas urbanas descoladas, nas festas de celebridades ou nos estúdios envidraçados da Globo. Está nas periferias, nas igrejas lotadas de domingo, nas cidades pequenas onde a vida ainda pulsa com valores simples e inegociáveis. São trabalhadores que madrugam, mães que criam filhos com o suor do próprio esforço, avós que ensinam às gerações mais novas o que é certo e errado — não segundo modismos, mas segundo verdades testadas pelo tempo. Conservadorismo aqui não é sinônimo de atraso, como os progressistas, em seus pedestais de arrogância intelectual, adoram pintar. É a preservação  da ideia de que a família é sagrada e o primeiro refúgio contra um mundo em colapso; de que a moral não é um acessório descartável, ajustável ao sabor das tendências; e de que a liberdade, tão cara a todos, não pode ser confundida com libertinagem desenfreada, que só serve aos interesses de quem lucra com a desordem.

Quando a TV aberta, com a complacência de uma elite que se acha dona da cultura, despeja temáticas que glorificam o hedonismo, o vazio existencial e a superficialidade, são esses brasileiros comuns — muitas vezes rotulados de “caretas” ou “retrógrados” — que seguram as rédeas de uma identidade cultural que resiste bravamente. Não é à toa que as “tias do zap” e as “senhoras de bíblia” viraram alvos: elas representam o incômodo de quem não se curva ao script imposto. Elas ameaçam a elite cultural progressista . Mas a ameaça verdadeira está nessa mesma elite cultural que, sob o pretexto da modernidade e da “evolução”, quer desmontar tudo o que ainda dá sentido à vida da maioria: a fé em algo maior, que transcende o materialismo raso; o respeito pelos mais velhos, que carregam a sabedoria de décadas; e a ideia radical de que nem tudo está à venda, nem tudo pode ser reduzido a um produto no mercado da fama.

“Sem anistia” deveria ser o lema contra os que vendem essa destruição em troca de audiência, likes e contratos milionários, não contra quem, com WhatsApp ou terço na mão, só quer proteger o que acredita. Essas pessoas, que o sistema insiste em ridicularizar, são a maioria silenciosa que incomoda demais aos arquitetos de um mundo sem referenciais. O sistema trabalha diariamente para que esses valores sejam destruídos, para que o respeito vire relíquia e as regras virem pó — porque, sem essas âncoras, a dominação total fica mais próxima. Um povo sem raízes é um povo fácil de moldar, de manipular, de subjugar. Mas enquanto houver quem resista, enquanto houver quem persista na defesa da família, da fé e da ordem, a batalha não estará perdida.

Vida longa a quem está do lado certo da história, não por nostalgia barata, mas por entender que uma sociedade saudável não se constrói sobre areia movediça. Vida longa aos que, contra a maré do deboche e da desconstrução, seguem erguendo a bandeira do que é verdadeiro, do que é essencial, do que nos faz humanos. Que as “tias” e “senhoras” continuem sendo o pesadelo dos poderosos, porque, no fim, são elas — e não os holofotes artificiais — que representam a alma de um Brasil que não se rende.

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