
Publicado em 20 de Outubro de 2025
Lula convocou o Brasil para assistir ao capítulo final de Vale Tudo. Pouco importa se ele é um noveleiro ou não – o que vale é o método por trás: colar o petismo na emoção coletiva e invadir todo espaço possível para moldar a percepção pública a seu favor.
O interesse real de Lula não era revelar que as pessoas soubessem quem matou Odete Roitman. A cena que mirava o Planalto era outra: um diálogo entre personagens exaltando o Brasil soberano – discurso idêntico aos do governo desde que viramos alvo de Donald Trump, por perseguições a opositores e censura. Foi um merchandising descarado para fisgar quem foge da guerra política e só vê o Jornal Nacional antes da novela. Lula usa a televisão e a cultura pop para criar uma conexão visceral entre sua imagem e a identidade nacional. Ele mesmo já afirmou que a “narrativa é tudo” e se esforça para monopolizá-la.
O jornalismo da Globo já atua como uma assessoria paralela do governo, e na questão das tarifas e sanções, afirma diariamente em seus jornais que são apenas questões comerciais. Esse método de manipulação da informação não sai de graça. É uma sangria bilionária dos cofres públicos.
Os gastos com propaganda estatal explodiram nos últimos anos, com previsão de R$ 3,5 bilhões só em 2025 para ministérios, bancos e estatais. O Orçamento vira uma comissão milionária para agências de publicidade: peças, espaços na mídia, sem freio ou critérios. E quem fatura mais, claro, é a Globo. Em dois anos de governo Lula 3, a emissora engordou quase R$ 300 milhões em verbas públicas, via “parcerias voluntárias” que nada mais são do que o famoso jabá indireto.
No caso da novela “Vale Tudo”, eles dizem que não houve investimento direto. Mas a emissora retribuiu com um enredo que se alinha perfeitamente à narrativa do governo. A autora Manuela Dias, conhecida por suas simpatias pelo PT, só facilitou o processo. O diálogo entre os personagens poderia facilmente ter sido escrito pelo chefe da comunicação, Sidônio Palmeira, e revisado pela jornalista Daniela Lima ou Miriam Leitão, tamanho o alinhamento do discurso. No fim das contas, é o contribuinte que paga para ser manipulado.
No dia seguinte, Lula atacou o WhatsApp como “fonte de fake news”, exigindo regulação para calar mensagens que “mentem” sobre o governo. Lula quer o monopólio da narrativa, algo que ele já conseguiu na grande imprensa, mas não nas redes sociais. Ele prefere suprimir os debates incômodos sobre os problemas econômicos e os escândalos de corrupção, privando o cidadão do direito de conhecer a verdade.
Enquanto Lula se empenha em controlar a narrativa e sufocar a livre circulação de informações, foge das respostas sobre questões cruciais: por que o governo não agiu quando soube que os aposentados estavam sendo roubados? Por que os Correios estão falidos e há um rombo recorde nas estatais? Como explicar o déficit nominal de mais de 1 trilhão nas contas públicas? Por que 94 milhões de brasileiros dependem de auxílios sociais? E por que 27 novos impostos foram criados em menos de 3 anos? Essas são perguntas que Lula prefere evitar, pois a realidade do Brasil passa muito longe da ficção que ele tenta empurrar goela abaixo do povo brasileiro.