O colapso da ordem liberal baseada em regras demandava uma reação dos EUA, em nome da manutenção de sua hegemonia e liderança sobre o mundo. Donald Trump promoveu um reposicionamento da diplomacia americana, abandonando o velho idealismo que visava criar uma comunidade global sob o arbítrio dos EUA.
A nova política de segurança e diplomacia dos EUA está agora ancorada em um realismo pragmático, que busca retomar a influência econômica, política e militar do Ocidente — entenda-se Europa e América Latina.
Além dessa reformulação da política externa, tanto os EUA quanto a UE precisam lidar com o “buraco negro do mundo”. A China mantém superávits comerciais com inúmeros países do Ocidente, além de praticar roubo de propriedade intelectual, contratos abusivos e comportamento predatório diante dos mercados internos desses países. Os EUA, com sua nova política, também estarão em confronto com a China? Como os déficits e o monopólio das bases industriais serão resolvidos pelos EUA?