Diante do esfacelamento da ordem liberal que moldou o mundo nas últimas décadas, assistimos à consolidação de novas esferas de poder: a China transforma tecnologia e comércio em armas de influência; a Rússia assume um papel complexo por meio do conflito e da disrupção; e as Big Techs constroem uma soberania digital que ultrapassa fronteiras e desafia Estados.
Enquanto potências disputam rotas comerciais, minas de terras raras e o controle de cabos, satélites e reservas hídricas, a água se converte em ativo geopolítico — e não estamos falando do consumo humano. A água é essencial para a operação dos data centers responsáveis pelo processamento e armazenamento de dados em larga escala.
Na corrida global pela supremacia em inteligência artificial, estaremos diante de uma nova guerra pelo controle da água potável?