
Você deve ter visto uma matéria aqui ou ali sobre as tentativas de Lula de se aproximar do eleitor evangélico.
É preciso prevenir a cristandade brasileira quanto aos engodos e fraudes futuras, por mais óbvia que pareça a motivação de Lula na aproximação com os evangélicos.
Já dizia Nelson Rodrigues: “só os profetas enxergam o óbvio”. É necessário que tenhamos noção do quanto o petismo é venenoso e pernicioso ao cristianismo, tanto doutrinária quanto politicamente.
O messianismo revolucionário que o PT fomenta no Brasil é totalmente avesso ao cristianismo; a figura messiânica de Lula e a redenção futura da classe trabalhadora são frontalmente anticristãs, como o movimento revolucionário sempre foi ao longo de sua história.
A ideia central da revolução messiânica pode ser resumida em quatro pontos fundamentais que se entrelaçam para formar uma narrativa complexa. Primeiro surge a crença de que a humanidade pecadora não será salva por Cristo, mas pela própria ação humana. Esse pensamento conduz diretamente ao segundo ponto, onde o método para alcançar a redenção é definido como a necessidade de exterminar ou, pelo menos, subjugar todos os maus, identificados aqui como “os ricos”. Nesse contexto encontra-se o terceiro ponto: os pobres são vistos como inocentes e puros, mas sua falta de compreensão do papel que desempenham no projeto de salvação exige que se coloquem sob a liderança de uma elite dirigente, os “santos”. Finalmente, esse morticínio redentor é esperado não apenas para promover uma melhor distribuição das riquezas, mas também para eliminar o mal e o pecado, culminando no advento de uma nova humanidade.
Essa perspectiva revolucionária se enraíza profundamente na dinâmica das heresias. A heresia é a adoção ou defesa de crenças que contradizem os ensinamentos oficiais de uma religião, especialmente no cristianismo. O termo vem do grego hairesis, que significava “escolha”, mas passou a indicar desvios da ortodoxia, ou seja, das doutrinas consideradas corretas. Disputas teológicas nos primeiros séculos do cristianismo levaram à realização de concílios, como o de Nicéia (325 d.C.), que condenou o arianismo, e o de Calcedônia (451 d.C.), que rejeitou o nestorianismo. Uma heresia não é simplesmente outra religião; é, por definição, uma oposição interna, surgida de dentro do próprio cristianismo, geralmente através de algum enxerto exótico que distorce completamente a mensagem original e lhe atribui significados absurdos. Não é surpreendente, portanto, que a evolução subsequente do movimento revolucionário tenha sido marcada por uma constante tensão entre a fé herética e a negação total da fé, entre o pseudocristianismo e o anticristianismo agressivo e genocida. Essa dualidade também reflete a ambição de destruir o cristianismo enquanto se preserva algo de sua estrutura para parasitar sua autoridade. Esse jogo dialético frequentemente confunde o observador leigo, que, iludido pelas diferenças aparentes, perde de vista a unidade profunda do movimento revolucionário. Assim, não raramente, acaba servindo a uma de suas subcorrentes, acreditando sinceramente estar promovendo a caridade, o combate à pobreza e coisas do gênero que são, aparentemente, identificadas com os valores cristãos.
Isso sem mencionar o apoio ao aborto, aos movimentos identitários, à legalização das drogas e tutti quanti dos valores criados pela sociedade aberta.
O PT, em vários momentos de sua história, tentou se travestir de cristão, enquanto sorrateiramente assinava acordos na ONU e em outros órgãos multilaterais, comprometendo-se com os valores civilizacionais da sociedade aberta e toda a sua podridão.
No fim das contas, o PT fingir ser cristão é mais uma mentira cotidiana de um anjo caído, que a todo custo tenta desvirtuar os filhos de Deus.