Publicado em 03 de Setembro de 2025
No Brasil de Lula e da Faria Lima, parece que quem contribuiu a vida inteira com o país é completamente descartável. Enquanto a narrativa oficial se concentra em chamar de “golpistas” os idosos presos no 8 de janeiro, a imprensa praticamente joga na espiral do silêncio um verdadeiro golpe que fez milhões de vítimas, a maioria de idosos: a roubalheira no INSS. A CPMI que investiga os descontos indevidos em aposentadorias já trouxe revelações bombásticas, mas esse escândalo permanece longe das câmeras e das manchetes, ignorado em meio ao barulho político.
O esquema de fraudes contra aposentados e pensionistas movimentou aproximadamente R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2025. Em apenas um ano, a arrecadação de uma das associações investigadas, a AMBEC, saltou de R$ 135 mil para R$ 91 milhões. Os investigados – como Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS” – movimentaram R$ 53,5 milhões e possuem carros de luxo e uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas para blindar o patrimônio.
E onde entram Lula e a Faria Lima nessa história? Ora, a conexão é direta. Os bilhões que sumiram das contas dos aposentados não evaporaram. Eles passaram pelos grandes bancos. A Faria Lima lucra com o empréstimo consignado, deixando o aposentado refém de dívidas impagáveis. Na CPMI do INSS, figurinhas repetidas dão as caras: BMG e PicPay.
O BMG é parceiro de longa data dos governos petistas desde a época do Mensalão. E o PicPay pertence aos irmãos Batista, donos da JBS, também parceiros de longa data do poder. No Brasil, o crime compensa, especialmente quando há um bom conluio.
Mas a teia de alianças vai além. As investigações revelaram que sindicatos e associações com ligações políticas são os principais beneficiários. A CONTAG, que tem laços estreitos com o MST e o PT, foi apontada como a maior beneficiária, recebendo mais de R$ 2 bilhões em descontos indevidos. O Sindnapi, sindicato que tem o irmão de Lula, Frei Chico, como vice-presidente, viu sua receita saltar de R$ 23 milhões em 2020 para R$ 154 milhões em 2024. Só que a AGU (Advocacia-Geral da União) poupou essas entidades de ações judiciais, reforçando a percepção de uma rede de proteção. Estranho, não? E estamos no início dos trabalhos ainda.
É bom notar que a única tentativa de frear esses descontos indevidos, através da exigência de biometria para afiliações, veio com a Medida Provisória 871 de 2019.
Enquanto a imprensa e o governo se esforçam para colocar a pecha de golpista em idosos como a Dona Jucilene, o verdadeiro golpe aconteceu contra os trabalhadores brasileiros aposentados, em salas climatizadas, e com a conivência dos órgãos que deveriam protegê-los.
O mesmo sistema que persegue implacavelmente os manifestantes do 8 de janeiro permite que os bancos sigam blindados e faturando alto com a exploração de quem deu a vida pelo país.
