O guardião conservador e a vitória de Pirro

Marco Rubio é o senador republicano que simboliza o conservadorismo. Nascido em 1971 em Miami, filho de imigrantes cubanos que fugiram do regime de Castro, cresceu ouvindo sobre liberdade e tirania.

Formado em Ciências Políticas, entrou na política aos 29 anos na Câmara da Flórida. Presidente da Câmara estadual em 2006, barrou cassinos e impulsionou reformas energéticas capitalistas. Eleito senador em 2010, criticou China, Irã e Cuba, sendo coautor da Lei de Prevenção ao Trabalho Forçado Uigur, que abalou as relações EUA-Pequim.

Em 2025, Marco Rubio foi nomeado Secretário de Estado de Trump, tornando-se o hispânico de mais alto cargo na história dos EUA. Aos 54 anos, Rubio comanda a diplomacia trumpista sem concessões a regimes autoritários, mostrando pulso firme contra o globalismo esquerdista.

É com ele que o governo brasileiro deve negociar após o telefonema entre Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva. A ligação de 30 minutos por videoconferência, por iniciativa de Trump, foi considerada amigável pelo Planalto. Lula implorou pelo fim das tarifas sobre bens brasileiros e a revogação de sanções contra autoridades como Alexandre de Moraes, sob a Lei Magnitsky por abuso de poder; citou o superávit comercial do Brasil com os EUA no G20, convidou Trump para a COP30 em Belém e propôs visitar Washington. Acordaram um encontro, talvez na Cúpula da ASEAN. E Trump escalou Rubio para negociar com o vice Geraldo Alckmin e os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, e Mauro Vieira, das Relações Exteriores.

Petistas explodiram em uma festa ilusória nas redes. Veem o telefonema como prova do charme de Lula, comparando-o ao encontro com Bush em 2003, onde, segundo eles, Lula conquistou sem se curvar. Haddad, que acompanhou a conversa telefônica, disse que o diálogo foi positivo. Petistas celebraram como se o globalismo tivesse derrotado o trumpismo, sonhando com o fim das sanções ao STF.

A imprensa global, com viés esquerdista, referiu-se ao diálogo como um degelo que não existe. O Le Monde destacou os pedidos de Lula por tarifas zero. A Bloomberg viu alívio comercial. O Washington Post citou sanções e COP30. O El País chamou a atenção para a primeira conversa pós-Bolsonaro. No Brasil, Folha e Estadão falam em tom positivo, minimizando riscos. A mídia progressista protege Lula, esquecendo que Trump usa ligações como armadilhas, como fez com Zelensky. Com Rubio na mesa, qualquer acordo será uma lição amarga, exigindo liberdade de expressão e alinhamento anti-China.

Ao destacar o executor das sanções contra o STF, Trump sinaliza que os EUA só negociarão com concessões reais, como o fim da censura e da perseguição judicial. Quem conhece Trump sabe: ele não se alia a socialistas e a escolha por seu aliado mais conservador mostra que o presidente americano joga para vencer.

O que os petistas e a imprensa estão comemorando? Uma ilusão infantil. Eles festejam uma suposta distensão, como se Lula tivesse dobrado Trump. Seguem ignorando a carta de 9 de julho do governo americano, que desde o início deixa claro: tarifas, sanções e vistos cancelados são respostas à perseguição política no Brasil. Pode-se dizer que o governo Lula e a mídia celebram uma vitória de pirro – um triunfo inútil –  enquanto Rubio prepara a fatura. Lula ganhou um telefonema; Trump, ainda é o dono do tabuleiro e o jogo está longe de acabar. 

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