Rui Costa Pimenta diz que a perseguição jurídica a Bolsonaro é, no fundo, uma tentativa de remover qualquer líder popular e controlar a população por meio de uma política apolítica. 

Em sua live semanal no Brasil 247, Rui Costa Pimenta declarou que o grande problema por trás da perseguição jurídica a Jair Bolsonaro é pensar que o STF é um defensor da democracia. Na realidade, segundo ele, a corte representa os interesses do grande capital brasileiro, da Rede Globo, dos grandes bancos e empresários alinhados ao globalismo e ao wokeísmo mundial. 

Para Pimenta, não se trata de pequenas manobras políticas: o Supremo Tribunal Federal passa por cima da democracia e da Constituição sempre que necessário para fazer o que deseja. O STF não defende a democracia por democracia, mas sim aos interesses próprios e dos grupos que o controlam. O objetivo seria criar um regime no qual não haja mais lideranças que mobilizem massas, e o poder se concentre em figuras controladas por grandes interesses econômicos.

Porém, segundo o “companheiro Ruizão” (como diria Kim Paim), esse domínio da política brasileira por parte da elite econômica e financeira está agora em crise. Eles já não têm um partido com forte apelo popular para controlar o regime. E justamente por isso, buscam derrubar líderes que possuem voto e apoio popular, como Jair Bolsonaro.

O presidente do PCO apontou ainda que Tarcísio de Freitas é o candidato que os grandes empresários financistas querem colocar no lugar de Bolsonaro, mesmo que as pesquisas mostrem que, por enquanto, Bolsonaro venceria Lula. 

Para Pimenta, o problema da burguesia com Bolsonaro é que ele não é alguém fácil de controlar, assim como Trump nos Estados Unidos –  agora em guerra aberta contra o deep state. O ideal para eles seria uma espécie de “democracia sem voto”, com um governante que não tenha um apoio popular genuíno — algo próximo de um semi-parlamentarismo, onde o chefe de governo é eleito pelo sistema, mas com poderes esvaziados.

Nesse contexto, Ruizão destacou que Tarcísio de Freitas precisará provar sua lealdade a Bolsonaro em 2026, ano que, segundo ele, pode ser um divisor de águas no bolsonarismo. Ele acredita que Tarcísio esteja apenas fingindo lealdade para conquistar o apoio do ex-presidente, mas, na prática, não possui uma relação de confiança verdadeira. Para o militante marxista, nenhum nome da direita hoje é capaz de ser eleito sem o aval de Bolsonaro, e o próprio presidente não vai entregar seu capital político a um aventureiro. Se necessário, Bolsonaro pode facilmente apontar um membro de sua família como sucessor, preservando sua influência política.

Rui Pimenta também notou que Lula governou com o apoio dos setores econômicos mais fortes ao longo dos anos, e agora se vê completamente emparedado. Não por acaso, Lula, que antes dizia apoiar a Petrobras e o desenvolvimento petrolífero brasileiro, agora está totalmente alinhado ao wokeísmo, uma espécie de filial do globalismo e do Partido Democrata dos Estados Unidos no Brasil. Isso fica evidente na dificuldade do governo em sequer aprovar um estudo sobre a Margem Equatorial, o que, para Rui Costa Pimenta, prova que o governo Lula não consegue governar com independência e autonomia.

O mais irônico disso tudo, diz Pimenta, é que o mesmo sistema que Lula hoje defende, porque estão perseguindo Bolsonaro, será o sistema responsável por ceifar o governo Lula no futuro. Depois de destruírem Bolsonaro, irão atrás de Lula. Para ele, o governo petista enfrenta uma grave crise de popularidade e não tem a mínima noção da realidade em que vive. O Centrão já abandonou o governo, Lula não tem um sucessor definido e pode até desistir de concorrer novamente se perceber que a vitória não é garantida. Até mesmo partidos de esquerda, como o PDT, já não o apoiam mais.

Por fim, Rui destacou que os índices de crescimento econômico não significam nada para a população, que continua sofrendo com a alta dos preços dos alimentos. A retórica de desenvolvimento não se traduz em comida na mesa, e o governo parece completamente desconectado das reais necessidades do povo.

CONCLUSÃO:

Evidencia-se, a cada dia que passa, a existência de Brasis diferentes. Um Brasil oficial, que segundo o presidente da Câmara, Hugo Motta, não tem perseguição política e defende a democracia do fascismo; e o Brasil real, onde o cidadão tem que comprar carcaça de galinha para sobreviver e mal consegue tomar um café em paz. 

Em tempo: vale lembrar que o semipresidencialismo foi rejeitado pela população em plebiscito. Trata-se de mais uma tentativa desse Brasil oficial de tornar a política em algo neutro, puramente técnico e com o poder político diluído, sem possibilidade de reação ou contato com a população real.

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