A recente brisa de otimismo na Faria Lima, embalada pela (insustentável) narrativa de um governo com pretensões de “paz e amor” ao mercado, e a clara escolha que o mercado financeiro já fez pelo governador de São Paulo para substituir Lula, foi abruptamente varrida por um tufão chamado Datafolha. A pesquisa, que coloca Eduardo Bolsonaro no tabuleiro eleitoral de 2026 como um nome forte, não apenas joga por terra a tentativa desesperada da imprensa e da esquerda de ressuscitar um presidente em queda livre, mas também escancara a fragilidade de um projeto político que afunda em escândalos e incompetência.
A verdade é que o governo atual, com sua ladainha de “reconstrução”, tem sido uma catástrofe silenciosa para a nação. Enquanto a narrativa oficial tenta dourar a pílula, a realidade grita: a corrupção segue como um câncer devorando recursos públicos, a economia cambaleia sob o peso de uma inflação que esfola o bolso do cidadão comum, e cortes em programas sociais atingem em cheio os mais vulneráveis. O “entreguismo” da política externa, com acordos que rasgam a nossa soberania, completa o quadro sombrio. Paradoxo dos paradoxos, em meio a essa ruína, os bancos riem à toa, ostentando lucros estratosféricos, enquanto a pauta dos bilhões tungados dos aposentados e o consignado privado, um poço sem fundo para o endividamento popular, são convenientemente varridos para longe da Faria Lima.
É nesse palco de desilusão popular e conivência que o mercado financeiro, com sua visão de túnel focada apenas nos próprios dividendos, já começou a mostrar sua estratégia. Lula, outrora o “pacificador” do mercado, tornou-se um passivo. A aposta, então, aponta para o governador de São Paulo, o “escolhido” para garantir a manutenção dos privilégios e a estabilidade do banquete financeiro.
Mas eis que o fantasma de 2018 ronda novamente, personificado em Eduardo Bolsonaro. A simples menção de seu nome nas pesquisas, como um potencial “Bolsonaro na urna”, enviou um choque elétrico para a turma da Faria Lima. O pânico é visível. Em apenas 15 dias como “pesquisável”, o filho de Jair Bolsonaro já tem os mesmos índices do governador de São Paulo. O noticiário, antes dedicado a alisar a crista do candidato do mercado, agora se desdobra em contorcionismos para tentar descredenciar o herdeiro político, numa clara tentativa de pautar a opinião pública e frear um movimento que ameaça seus planos. A corrida começou, e o que se vê é o desespero de um sistema que tenta a todo custo impor sua vontade e proteger seus lucros obscenos.
A despeito de toda a artilharia midiática e das manobras do mercado financeiro, o que a pesquisa Datafolha revela é uma verdade incômoda para os donos do poder: o nome Bolsonaro continua a ser um agente de desestabilização para o status quo. Ele abala a esquerda, que se vê sem narrativas eficazes para combatê-lo; abala a imprensa, que se desespera com a perda de controle sobre a pauta, o medo de não faturar seus milhões com publicidade estatal, e a desconfiança popular; e, sobretudo, abala a Faria Lima, que teme a imprevisibilidade de um governo que não se dobra aos seus interesses.
O pânico generalizado que a simples menção de um Bolsonaro na disputa de 2026 gera em todos esses setores continua a ser percebido, e a se posicionar, como o anti-sistema. Bolsonaro, com sua força inegável junto a uma parcela significativa do eleitorado, permanece como um elemento disruptivo que os tira do eixo, forçando-os a repensar suas estratégias e a expor suas verdadeiras agendas. Parece que bateu o desespero nos donos do poder.