
“Bolsonaro não é neoliberal, foi forçado a aceitar políticas neoliberais para governar” — “companheiro Ruizão”.
Em sua live semanal no Brasil 247, Rui Costa Pimenta, o “companheiro Ruizão” (como diz Kim Paim), deixou claro que a diferença entre uma ação judicial legítima e uma operação de perseguição política parece cada vez mais evidente no Brasil.
No caso de Jair Bolsonaro, o que está em curso, segundo o presidente do PCO, não é um processo jurídico comum, mas uma chantagem explícita, com pena de prisão como moeda de troca.
Para ‘Ruizão’, o sistema quer que Bolsonaro apoie Tarcísio de Freitas para presidente, em um jogo sujo que tem apenas um objetivo: controlar a eleição de 2026 e garantir que o próximo presidente do Brasil seja um candidato do agrado dos banqueiros.
Segundo Pimenta, o que estamos vendo é uma operação de controle do regime político, onde políticos populares são retirados do jogo por diversas manobras possíveis. O processo contra Bolsonaro não é apenas sobre ele, mas é sobre a tentativa de eleger, em 2026, quem o povo não quer que seja eleito. E quem será esse candidato? Certamente alguém do agrado da Faria Lima.
O governo Lula, por sua vez, continua emparedado pelos banqueiros e operando sob uma lógica que Rui chamou de “neoliberalismo light”.
O discurso do crescimento econômico segue forte na retórica oficial, mas o presidente do PCO disse que “o povo não come PIB”, e que os programas sociais do governo Lula vêm, no máximo, disfarçados de crédito consignado, jogando ainda mais gente na dívida e fortalecendo o domínio do sistema financeiro sobre a população. Tudo dentro do modelo de um governo que apenas gerencia a crise, sem nenhuma perspectiva real de romper com as amarras do rentismo.
Seja na esquerda ou na direita, o neoliberalismo parece ser o grande fio condutor da política brasileira. Mas até quando? O modelo, que o companheiro Ruizão chamou de “estupro permanente da democracia”, está esgotado. Nenhuma população aguenta mais um governo refém do mercado financeiro, submisso a uma orientação econômica que apenas beneficia os especuladores woke.
CONCLUSÃO:
Rui Costa Pimenta acredita que um político ultraneoliberal como Javier Milei é um “FHC bolsonarista”, então vale o questionamento: será que os representantes da “direita brasileira” que seguem apoiando cegamente a economia neoliberal serão os novos porta-vozes desse modelo falido no Brasil?
Para além de Jair Bolsonaro, que durante seu governo recusou privatizar a Petrobras, qual outro candidato da direita fala e defende abertamente a soberania nacional e o fortalecimento da indústria brasileira?
E mais: se a Faria Lima apoia tão abertamente nomes como Tarcísio de Freitas, por que ele ainda é visto por alguns como o grande sucessor da direita no Brasil? Por que toda essa pressa em tirar a liderança de Jair Bolsonaro, apontando-o como um morto político e que precisa passar o bastão para o candidato que os banqueiros escolherem?